sábado, setembro 19

FIM

"Acordei em cólera". Tá chovendo lá fora, e tá trovejando aqui por dentro. Sabe quando você sente que é o fim? Que não há mais nada que possa ser feito? Mas não um fim explícito, um que dói mais. Aquele quando perde a graça. E o mais engraçado de tudo, é que me sinto triste. Por que tristeza pelo abandono de algo que só te fez mal? Também não sei. Talvez seja aquela birra de fazer dar certo o que não deu. E o que não consegui mudar. Frustração explica bem.
Estou falando de ontem. De como eu estava com a cabeça cheia. E de como eu consegui fazer tudo da forma mais sem graça possível. Mas não adianta eu falar, você vai ouvir? Não. Agora que mostrei a parte mais sem sal de mim, volta o mais rápido possível para ela e não volta mais aqui. É isso o que você vai fazer. Mas chega de premonição e pessimismo. Ninguém mais me aguenta ouvir e eu também não aguento mais falar.
Sou teimosa. Quero as coisas do meu jeito. Foi falha minha também. Da minha cabeça. Da minha maneira de me iludir sem que ninguém precise dizer nada. E daí? Isso é comigo, e eu prometo que vou resolver enquanto você vai estar bem longe.
Eu só quero que essa tristeza saia logo de mim. De alguma forma, eu precisava disso. Precisava de um fim. Um fim não-explícito, assim como nós dois. E só é triste dizer que não há mais nada que possa ser feito.
E aqui vou eu, estar anestesiada mais uma vez. Com aquela falta de sentir. Mas é melhor assim, vá por mim. E você, pode ir. Com toda certeza que não vai se importar.

"Eu estou melhor sem você, então você pode ir essa noite. E não se atreva a voltar e fazer as coisas darem certo, porque estarei pronto pra uma briga."

E é a segunda vez que eu posto essa frase.

sexta-feira, setembro 18

O que eu também não entendo.

O que se faz depois que você se cansa? O que se faz quando não se tem o que fazer?
Mas só pra variar um pouco, você voltou e já parece distante. Mais uma vez. Mas dessa vez a estadia foi longa. Longa e diferente. Bom, foram essas as primeiras impressões. Entretanto, depois disso, vem a parte que eu bem sei de decor: você vai se distanciando, começa com suas idiotices usuais e eu digo que estou cansada pela milésima vez.
De fato, estou cansada. Cansada de ouvir minhas amigas dizendo que estou exagerando, que sou pessimista, que só vejo o lado ruim... mas me diz: o que mais eu posso esperar vindo de você? Surpreendente é algo bom. E não estou exagerando dessa vez.
O que se faz depois que o agito do final de semana se vai? O que se faz quando a rotina da segunda em diante começa a pegar no pé?
Não se faz nada. Estou cansada de não agir, de ficar na mesma. E cansada da sua cara de pau. Dizer que estou cansada de você já virou um clichê para mim.
Não sei mais o que reclamar às minhas amigas. Não sei mais o que fazer. E é muita coisa para uma cabeça só digerir. E essa mesma, já não tolera mais essa substância que é você.
Vai embora de uma vez. Me deixa em paz. Muito melhor sozinha do que com medo, esperando sempre o pior vir a telha. Vê se some da minha cabeça, arruma outra para encher o saco e me esquece.
E, a mais importante: o que se faz quando você decide voltar?
Obviedade ainda não significa facilidade.


"Don't waste your fiction tears on me, just save them for someone in need."